Quando fazemos repetidamente uma escolha, mesmo que essa escolha nos tenha levado ao sofrimento, o nosso cérebro a “memoriza” e a possibilidade de fazermos essa mesma escolha em ocasiões futuras é então reforçada.
Isso tudo passa-se ao nível do nosso inconsciente que procura assim confirmar a nossa sensação de consistência entre ações passadas e presentes, dando uma sensação de unidade. Assim, para preservar a imagem que temos de nós mesmo somos capazes de repetir sem parar padrões de comportamento que já provaram a sua ineficácia. E assim os ciclos vão-se repetindo até que percebamos qual a escolha que já não deve ser feita e qual o comportamento que deve assim ser alterado. Não é um processo fácil. Tomar consciência de que um determinado comportamento que já repetimos muitas vezes está errado é penoso para o nosso eu, já que temos, assim, que assumir que estávamos errados. Acresce a isso a coragem de decidir que esse comportamento deve ser alterado, o trabalho de descobrir um novo padrão de atitudes e comportamentos alternativos e a sua constante repetição para que finalmente nos possamos apropriar do novo. Mudar é possível, mas leva tempo e envolve sempre alguma dor.
Photo by Ylanite Koppens from Pexels |
Gostei desse texto, publique mais!
ResponderEliminar