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quarta-feira, 25 de julho de 2018

Ausência presente



Saudade é contemplar, no momento mudo do teu silêncio, o tom do brilho estrelado dos teus olhos e a melodia cantante do teu entusiasmo, em memória furtada ao passado. Memória é quase presente mas, ainda assim, passado. Mais nostalgia do que alegria. Mais queria do que poderia.


© Janice da Graça       

terça-feira, 24 de julho de 2018

Experiência


Não adianta que nos mostrem a resposta. Temos que ser nós a resolver as nossas equações para nos apoderarmos do resultado.

© Janice da Graça      

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Nostalgia


A nostalgia é perigosa. Guardamos pequenos objetos. Apegamo-nos a pequenos gestos passados, num esforço inconsciente de trazer para o presente momentos de felicidade já idos. Porém, memórias não são vida, são fragmentos de vida que já são passado e a vida só se vive no  presente. Aí reside o perigo. 

© Janice da Graça       

domingo, 22 de julho de 2018

Carácter e aparência

Nunca avalies alguém pelo modo como essa pessoa se comporta contigo quando está interessada em ti.

Foto: Geralt, Pixabay.

















Assim, não conheces a pessoa em si, mas sim a forma como ela procura conseguir algo (nesse caso, tu, seja por que motivo for). Avalia, sim, a forma como essa pessoa se comporta com aqueles de quem nada tem a ganhar, aqueles com quem se desentendeu, aqueles que a ofenderam de algum modo, aqueles que já lhe interessaram por algum motivo e lhe são agora indiferentes e saberás como essa pessoa será contigo quando tiverem problemas, com a tua família, com os teus amigos. Porque, um dia, essa pessoa poderá não mais estar interessada naquilo que tenhas para lhe oferecer. Entrega-te apenas a alguém para quem o respeito, a compreensão, a gratidão e a compaixão sejam mais importantes do que os seus interesses pessoais.


© Janice da Graça       


sábado, 21 de julho de 2018

Do momento certo


A rapidez nem sempre é inimiga da perfeição.
Por vezes é preciso perceber e não deixar passar o tempo certo entre uma gota de chuva e outra e num gesto rápido, lá levar e retirar a mão sem a molhar. Preparar-se é bom, mas há momentos que não regressam. Deus cria o chão em baixo dos pés dos que caminham destemidos e com fé.


© Janice da Graça      

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Escolhas e hábitos

Quando fazemos repetidamente uma escolha, mesmo que essa escolha nos tenha levado ao sofrimento, o nosso cérebro a “memoriza” e a possibilidade de fazermos essa mesma escolha em ocasiões futuras é então reforçada. 

Isso tudo passa-se ao nível do nosso inconsciente que procura assim confirmar a nossa sensação de consistência entre ações passadas e presentes, dando uma sensação de unidade. Assim, para preservar a imagem que temos de nós mesmo somos capazes de repetir sem parar padrões de comportamento que já provaram a sua ineficácia. E assim os ciclos vão-se repetindo até que percebamos qual a escolha que já não deve ser feita e qual o comportamento que deve assim ser alterado. Não é um processo fácil. Tomar consciência de que um determinado comportamento que já repetimos muitas vezes está errado é penoso para o nosso eu, já que temos, assim, que assumir que estávamos errados. Acresce a isso a coragem de decidir que esse comportamento deve ser alterado, o trabalho de descobrir um novo padrão de atitudes e comportamentos alternativos e a sua constante repetição para que finalmente nos possamos apropriar do novo. Mudar é possível, mas leva tempo e envolve sempre alguma dor.

Photo by Ylanite Koppens from Pexels


© Janice da Graça