Espreito os poros da noite,
que se dilatam para engolir o dia:
cheira a vodca, vinho, coisas outras.
Perfume, humidade, calor?
cheira a vodca, vinho, coisas outras.
Perfume, humidade, calor?
Vidas embaladas na cama do destino.
Camisas suadas,
em peles inquietas, que não dormem.
de mangas arregaçadas na urgência de viver.
Quem és tu à noite?
Quem és tu quando a lua é cheia e só te veem os teus?
A noite cheira a
poemas que não foram escritos.
Os versos são longos,
só se escrevem na pele,
que, lânguida, se estende ao sal, ao limão, à tequila.
Os versos são longos,
só se escrevem na pele,
que, lânguida, se estende ao sal, ao limão, à tequila.
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