Ele, de pé, em equilíbrio suspenso
entre a vida
e a extinção dos sonhos,
tem, de um
lado, a coragem
e do outro, o
medo.
Veste a sua carne
humana
da sua dose
de heroísmo diário.
Responde aos
chamados do mundo
e esconde-se
para cozer a alma.
Entre morrer
e ferir, já é amigo da morte.
Bons
samaritanos, por vezes,
também são
vilões:
salvam
donzelas mas matam dragões.
Na arena das
máscaras, convertido já, reza:
“Que Deus me
ilumine a batalha!”
Em dias em
que lobos se vestem de cordeiros,
Vestir-se-ão
os dragões de donzelas?
Ele caminha ao
lado da morte,
sem fazer a
travessia.
Procura dar
a mão à sorte
Ainda é noite, ou já é dia?
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