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segunda-feira, 20 de julho de 2020

NA CORDA BAMBA II



Imagem: Reinhold Silberman

Entre trovões e lua-cheia,
réstia de luz.
Pendura-se ao fio da existência
último arfar, fé.

Calcorrea a calçada da humanidade,
no vagar calculado da pressa recém aniquilada:
reaprender a contar estrelas [missão],
dois mais dois nem sempre são quatro.

Quatro são os pontos cardeais,
que alma desbrava vendavais
e ecoam sussurros em catedrais.
De um teu, que é meu
e faz de nós
o alvorecer da esperança.

É que sabes,
por vezes um mais um,
são dois,
mas em outras raras [e explêndidas] ocasiões,
um mais um,
é apenas um.

Janice da Graça e Norberto Benjamim



Nota: o poema que acabou de ler foi escrito na sequência da partilha do poema "NA CORDA BAMBA" [https://verbumtactus.blogspot.com/2019/02/corda-bamba.html?m=1] na minha página no Facebook e do diálogo poético travado com o meu amigo escritor, Norberto Benjamim. 

Portanto, a duas "vozes", uma angolana [o Norberto] e outra Cabo-Verdiana [eu, claro], nasceu, assim, um novo poema.

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