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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

A DANÇA




O Mar e a Praia abraçam-se, sob a lua.
Há um doce jogo de paixão nos gestos espumosos das ondas, que lambem a areia.
É a cadência articulada de dois corpos, apaixonados, que se roçam

Sem pressa. 
Sem des[canço].

Aprendi sobre ritimo e sobre constância.
A pressa é filha do medo
e o medo descende da falta de fé,
de um lado da linhagem
e do outro, da falta de coragem.

A onda, calma, é cheia de certezas
e é por isso que o mar sempre chega doce à areia:
sabe que esta o espera e nada há te tão seguro como querer ir e saber que se espera.

Encontro.
Descanço.

Já, em mar alto, 
tão longe de terra que se veja,
há tempestade.

A paixão é inquieta. A inquietude é apaixonada.

Tempestade é uma dança descompassada no palco da incerteza.

Aventura? 

Haja fé!

Foto: Laginha, Mindelo Cabo Verde

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