Há um doce jogo de paixão nos gestos espumosos das ondas, que lambem a areia.
É a cadência articulada de dois corpos, apaixonados, que se roçam
Sem pressa.
Sem des[canço].
Aprendi sobre ritimo e sobre constância.
A pressa é filha do medo
e o medo descende da falta de fé,
de um lado da linhagem
e do outro, da falta de coragem.
A onda, calma, é cheia de certezas
e é por isso que o mar sempre chega doce à areia:
sabe que esta o espera e nada há te tão seguro como querer ir e saber que se espera.
Encontro.
Descanço.
Já, em mar alto,
tão longe de terra que se veja,
há tempestade.
A paixão é inquieta. A inquietude é apaixonada.
Tempestade é uma dança descompassada no palco da incerteza.
Aventura?
Haja fé!
Foto: Laginha, Mindelo Cabo Verde
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